terça-feira, 22 de julho de 2008

Programa Nuclear do Irã

Programa Nuclear do IRÃ


O conflito envolvendo o polêmico programa nuclear do Irã já se arrasta desde 2002. Confira alguns fatos que marcaram a disputa.
O atual conflito devido ao programa nuclear de Teerã começou no final de 2002, quando uma emissora de televisão dos EUA divulgou fotos de duas instalações nucleares iranianas até então desconhecidas, Arak e Natanz.
Teerã aceitou as inspeções dos especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e começou um processo no qual se destacam as seguintes datas (informações das agências de notícias EFE e DPA):

2003

Fevereiro: O então presidente do Irã, Mohammad Khatami, afirma que seu país produzirá seu próprio combustível nuclear. Inspetores da AIEA começam a supervisionar as instalações nucleares.
Outubro: O Irã aceita cooperar com a AIEA e suspende o enriquecimento de urânio.
Novembro: A AIEA afirma que o Irã reconhece ter produzido pequenas quantidades de urânio altamente enriquecido, suficientes para alimentar armas nucleares, embora não haja provas de que tivesse intenção de construí-las.
Dezembro: O Irã assina a adesão ao Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

2004
Fevereiro: Diferentes fontes afirmam que o pai da bomba atômica paquistanesa, Abdul Qadeer Khan, entrega tecnologia e conhecimentos nucleares ao Irã.
Novembro: O UE-3 (Alemanha, França e Reino Unido) consegue que Teerã aceite suspender todas as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio durante o processo de negociação.

2005
Abril: O Irã anuncia que colocará em funcionamento a conversão de urânio na central de Isfahan.
Setembro: A AIEA constata que o Irã violou no passado suas obrigações de salvaguardas internacionais.

2006
9 e 10 de janeiro: O Irã rompe os lacres de três instalações nucleares para investigá-las, o que provoca uma onda de protestos.
12 de janeiro: O UE-3 pede uma reunião de emergência da AIEA para levar a disputa ao Conselho de Segurança.
31 de janeiro: Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais a União Européia acordam em Londres que a AIEA envie o relatório ao órgão da ONU, em sua reunião de urgência em 2 de fevereiro.
4 de fevereiro: A AIEA envia o relatório do Irã ao Conselho de Segurança com o apoio de 27 países, cinco abstenções e a rejeição de Venezuela, Cuba e Síria.
O Irã anuncia que limitará o acesso da AIEA e que retomará seu programa de enriquecimento de urânio.
20 de fevereiro: Termina sem acordo a primeira rodada de consultas sobre a iniciativa do Kremlin de enriquecer urânio na Rússia para abastecer o Irã. A proposta russa será rejeitada poucos dias depois por Teerã.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Ahmadinejad não está disposto a ceder
11 de abril: Mahmud Ahmadinejad – presidente do Irã desde junho de 2005 – confirma que o combustível produzido pela primeira vez nas centrais iranianas tem 3,5% de enriquecimento.
13 de abril: O diretor da AIEA, Mohammed El Baradei, viaja a Teerã, mas fracassa na tentativa de que o Irã pare o enriquecimento de urânio.
28 de abril: El Baradei afirma em seu relatório para o Conselho de Segurança que o Irã não cumpriu a exigência de parar o enriquecimento de urânio.
29 de junho: O Irã anuncia que responderá oficialmente em agosto à oferta de incentivos da comunidade internacional para que suspenda o programa de enriquecimento de urânio.
6 de junho: O encarregado de segurança e política externa da UE, Javier Solana, faz aos iranianos uma oferta de colaboração política, econômica e nuclear para que Teerã interrompa suas atividades nucleares.
12 de julho: Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha definem em Paris que a disputa nuclear com o Irã seja assumida novamente por esse órgão da ONU, com a possibilidade de aplicar sanções.
28 de julho: O Conselho de Segurança alcança um acordo sobre a resolução do conflito do Irã.
31 de julho: O Conselho de Segurança da ONU aprova uma resolução exigindo que o Irã suspenda obrigatoriamente as atividades de enriquecimento de urânio, e dá como prazo até 31 de agosto.
22 de agosto: Sem dar sinais de que pretende ceder, o Irã entrega uma resposta por escrito à proposta internacional apresentada por Solana em junho.
29 de agosto: Ahmadinejad reitera que o Irã continuará enriquecendo urânio.
31 de agosto: Termina mais um ultimato imposto pela ONU e Ahmadinejad diz que seu país não se curvará à pressão internacional.
23 de dezembro: O Conselho de Segurança da ONU aprova por 15 votos a 0 sanções contra o Irã.

2008

Secretário-Geral (foto) falou a jornalistas que país deve cumprir, inteiramente, as resoluções do Conselho de Segurança.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que tem pedido às autoridades no Irã que cumpram, inteiramente, as resoluções do Conselho de Segurança sobre as atividades nucleares do país. Ban Ki-moon fez a afirmação durante uma resposta a jornalistas sobre a situação no Oriente Médio e os testes com mísseis, realizados pelo Irã. Obrigação
Ban, secretário geral da ONU
Segundo ele, o programa nuclear do Irã é algo bastante preocupante. Ban afirmou que tem pedido ao governo iraniano que continue suas negociações com a União Européia e outras partes sobre o tema. De acordo com agências de notícias, o Irã teria testado nove mísseis, na quarta-feira. Imagens mostradas pela TV iraniana sugerem que, alguns dos mísseis foram lançados de uma área deserta. O Secretário-Geral da ONU lembrou que todos os países-membros da ONU têm a obrigação de cumprir as resoluções do Conselho de Segurança. O órgão aprovou uma resolução pedindo ao Irã que suspenda o enriquecimento de urânio entre outros pontos do programa nuclear do país. Vários representantes da comunidade internacional manifestaram preocupação de que as atividades atômicas do Irã possam levar à construção de armas nucleares, mas o governo iraniano diz que seu programa tem fins pacíficos.
O atual programa nuclear iraniano está sob suspeita de produção de bomba atômica, enriquecimento de urânio. A União Européia está querendo levar o Irã para o Conselho de Segurança da ONU, mas Rússia e China, os dois países no qual a União Européia está querendo convencer a levar o país ao Conselho. Recentemente, a Rússia vendeu mísseis ao Irã.

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