quarta-feira, 24 de junho de 2009

ELEIÇÕES NO IRÃ 2009









A décima eleição presidencial do Irã foi realizada em 12 de junho de 2009.



O Presidente do Irã é o mais alto cargo eletivo do país. No entanto, seu titular não tem poder sobre a definição da política externa nem sobre as forças armadas. Os candidatos à presidência do país têm de ser aprovados pelo Conselho dos Guardiães, um órgão de doze membros - seis clérigos, selecionados pelo Líder Supremo do Irã, e seis juristas, propostos pelo chefe do poder judiciário e aprovados pelo Parlamento.



A IRNA, agência de notícias oficial do Irã, anunciou que, após a contagem de dois terços dos votos, o atual presidente Mahmoud Ahmadinejad teria vencido a eleição, com 66% dos votos, e que Mir Hossein Mousavi recebera 33% dos votos.


A União Europeia e vários países ocidentais expressaram preocupação sobre supostas irregularidades ocorridas na apuração, e alguns analistas e jornalistas dos Estados Unidos e da Europa levantaram dúvidas sobre a autencidade dos resultados. Entretanto, muitos Estados-membros da Organização da Conferência Islâmica, assim como a Rússia, a China, a Índia e o Brasil aceitaram a vitória Ahmadinejad como sendo legítima.



Ahmadinejad mostrando seu titulo de eleitor



Na ocasião, Mousavi declarou: "Protesto veementemente contra as muitas e óbvias violações, e aviso que não vou me render a esse perigoso embuste", ao mesmo tempo em que conclamou seus apoiantes a lutar contra a decisão - evitando, porém, cometer atos de violência.
Protestos a favor de Mousavi e contra a alegada fraude, eclodiram em Teerã. O Líder Supremo Ayatollah Ali Khamenei exortou a nação a se unir em torno de Ahmadinejad, qualificando sua vitória como uma "julgamento divino".

Moussavi

Mousavi apresentou um apelo oficial contra o resultado ao Conselho dos Guardiães, em 14 de junho. Em 15 de junho, Khamenei anunciou que haveria uma investigação acerca das reclamações dos candidatos, o que deveria demorar de sete a dez dias. Em 16 de junho, o Conselho dos Guardiães anunciou que haveria uma recontagem dos votos.










Moussavi rejeitou a proposta de recontagem, pedindo novas eleições, e acusou o governo de ter manipulado os resultados. Segundo fontes da oposição, o Conselho de Guardiães autorizou a impressão de 53 milhões de cédulas eleitorais, mas somente 39 milhões foram usadas. 14 milhões não foram utilizadas, e uma recontagem poderia dar ao governo uma nova oportunidade de manipulação dos resultados.

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