segunda-feira, 1 de junho de 2009

Desastre Air France 447

O voo Air France 447 é uma linha aérea de passageiros que liga o Rio de Janeiro a Paris. Tornou-se conhecido pelo vôo do dia 31 de Maio de 2009, operado pelo Airbus A330, prefixo F-GZCP da companhia francesa Air France, quando a aeronave desapareceu dos monitores dos radares ao sobrevoar a costa do Brasil a exatamente 800 quilômetros de Natal no Rio Grande do Norte[1], durante a travessia do Oceano Atlântico.Havia 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo, segundo a Air France.

A aeronave A330-200, com matrícula F-GZCP, teve o seu voo inaugural a 25 de fevereiro de 2005.[3] A 31 de maio de 2009 decolou do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão às 19h03 (horário de Brasília), com 12 tripulantes e 216 passageiros, incluindo um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens. Deveria pousar às 11h10 locais (6h10 de Brasília) no Aeroporto Internacional de Paris-Charles de Gaulle, em Paris.

Percurso do voo

O último contato verbal foi às 1h33 UTC de 1 de junho, segunda-feira, ao aproximar-se do waypoint INTOL, 565 kms ao largo da costa noroeste do Brasil. A tripulação informou que esperava entrar dentro de 50 minutos no espaço aéreo controlado pelo Senegal no waypoint TASIL, e que o avião voava normalmente a uma altitude de 10,670m (35,000 pés) e a uma velocidade de 840km/h. O avião deixou o radar de vigilância Brasil Atlântico às 1h48 UTC. O último contato com o avião foi quatro horas após a decolagem, às 2h14 UTC, a cerca de 100km do waypoint TASIL, quando uma mensagem automática indicou falhas no sistema elétrico e na pressurização da cabine, após encontrar uma área com formações metereológicas pesadas.

O vôo estava previsto chegar a Paris às 11h10 CEST, 9h10min UTC.

Reação e buscas

Os controladores de tráfego aéreo brasileiros contactaram o controle de tráfego aéreo em Dakar às 2h20 UTC, quando repararam que a aeronave não tinha feito o contato obrigatório, via radio, para assinalar a sua entrada no espaço aéreo senegalês, acima da Zona de Convergência Intertropical. A Força Aérea Brasileira deu início a uma operação de busca e resgate a partir do arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha, destacando cinco aviões para buscas num trecho delimitado pelo litoral das cidades do Recife, Natal e o arquipélago de Fernando de Noronha. Aviões de reconhecimento franceses foram também destacados para o local, incluíndo um de Dakar. O assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, disse à TV brasileira que o radar de Cabo Verde não havia captado o sinal do avião sobre o Oceano Atlântico. A Marinha Brasileira deslocou também três embarcações para auxílio nas buscas. No fim da manhã, o voo AF447 foi retirado da lista de voos do site dos Aeroportos de Paris.

O diretor executivo da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, disse numa conferência de imprensa: "Estamos provavelmente em presença de uma catástrofe aérea." Um porta voz da Air France especulou a aeronave poderia ter sido atingida por um raio, embora esta seja uma rara causa de acidentes com aeronaves. Dois jatos da companhia aérea Lufthansa passaram poresta área antes e depois do desaparecimento, o que coloca dúvidas acerca do raio como causa. O ministro do ambiente francês Jean-Louis Borloo declarou que "nesta altura já terá ultrapassado o limite das suas reservas de querosene" e "Temos de vislumbrar agora o mais trágico dos cenários". Fontes do aeroporto Paris-Charles-De-Gaulle citadas pela revista francesa L'Express afirmaram que "não há esperança de que haja sobreviventes."

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, esteve no aeroporto Roissy-Charles de Gaulle para acompanhar as investigações sobre o desaparecimento do avião. Segundo o Nouvel Observateur, os familiares dos passageiros foram levados a um espaço reservado para receber apoio da companhia aérea.

Detalhes dos passageiros

228 pessoas estavam a bordo, incluindo três pilotos e nove outros tripulantes. Entre os passageiros há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.

Nacionalidades

De acordo com uma lista oficial publicada pela Air France, a maioria dos passageiros é composta por cidadãos brasileiros e franceses.

















































Personalidades a bordo

Dois executivos brasileiros da companhia Michelin, incluindo o seu diretor executivo para a América Latina, Luiz Roberto Anastácio, juntamente com outro executivo francês do grupo, eram passageiros deste voo. O administrador da unidade brasileira CSA da empresa alemã produtora de aço ThyssenKrupp também estava no avião.

A família Orléans e Bragança, herdeira da família imperial brasileira, confirmou que o príncipe Pedro Luís de Orléans e Bragança, 26 anos, o quarto na linha de sucessão ao trono brasileiro, estava no voo.

Luto

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou em 1º de junho, luto estadual por três dias.

Inquérito

Segundo a Air France, a hipótese mais provável foi a queda de um raio sobre o aparelho que despoletou uma avaria elétrica. O piloto tinha 11 000 horas de voo e o Airbus, colocado ao serviço em 2005 e contando 18 870 horas de voo, não possuia qualquer defeito que tivesse sido constatado no seu último controle técnico, a 16 de abril de 2009.

O inquérito técnico aeronáutico está entregue ao Bureau d'enquêtes et d'analyses (BEA).


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