domingo, 23 de novembro de 2008

Rodovia Transoceânica Atlântico-Pacífico


Brasil, Peru e Bolívia estão construindo rodovia entre Atlântico e Pacífico que fica pronta em 2010.




Em 2005, PUERTO MALDONADO - Os presidentes do Brasil, do Peru e da Bolívia assinaram um acordo que iniciaria a construção de uma estrada que ligará o Atlântico ao Pacífico, a um custo de 810 milhões de dólares.
Luiz Inácio Lula da Silva, Alejandro Toledo e Eduardo Rodríguez foram a uma área amazônica do leste do Peru para a inauguração da obra, cuja concessão foi vencida em junho por três consórcios liderados pelas empreiteiras brasileiras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez.
"Estamos inaugurando um novo capítulo na história da região amazônica e da região sul-americana como um todo", disse Lula em discurso, referindo-se à estrada como "uma poderosa ferramenta de progresso".
"Hoje iniciamos a integração física dos nossos países, nossas fronteiras deixam de ser uma linha de divisão", acrescentou Lula em Puerto Maldonado, cidade perto da fronteira com Brasil e Bolívia.
As empresas brasileiras construirão três trechos, somando 1.200 quilômetros de estrada, para completar o "Eixo Viário Interoceânico Sul", que tem uma extensão de 2.600 quilômetros só no Peru.
No lado brasileiro já existe uma rodovia de 4.345 quilômetros que vai da fronteira com Peru e Bolívia até Santos (SP).
A estrada incentivará principalmente o comércio entre as três nações e do Brasil com a Ásia, para onde o país vende minerais, carnes, café e outros produtos.
O eixo viário unirá a localidade de Assis Brasil (AC) com os portos peruanos de Ilo, Maratani e Marcona. Estima-se que seu tráfego representará 1,5 ponto percentual a mais para o PIB peruano.
A economia peruana, que segundo o governo crescerá 5,5 por cento este ano, soma 75 bilhões de dólares por ano.
A previsão é de que a nova estrada reduza em um dia o trajeto entre a fronteira com o Brasil e qualquer dos três portos no sul do Peru. Atualmente, a viagem dura uma semana.
O projeto rodoviário abrange 32 por cento do Peru e beneficiará 20 por cento dos seus 28 milhões de habitantes em dez regiões, segundo o governo.
A execução da obra gerou críticas da oposição e de alguns analistas no Peru, que suspeitam de superfaturamento e afirmam que as empreiteiras brasileiras têm denúncias pendentes naquele país por obras supostamente incompletas.
"As empresas não mentiram. Embora tenha havido processos em algum momento, estes não foram aceitos pelos juízes ou foram derrotados", disse o primeiro-ministro do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, à rádio RPP, defendendo o projeto. "Como financiadora do projeto, a Corporação Andina de Fomento fez um trabalho muito cuidadoso", acrescentou.

2 comentários:

Unknown disse...

Mais um Marco para a humanidade, se essa notícia for verdadeira será ótimo para todos os países do mercosul,vamos aguardar!!!

... disse...

Pode até ser um marco para a humanidade, mas se for bem fiscalizado, ou então vai ser mais um caminho para drogas, armas..e também para a exploração da Amazônia. Espero que não!