segunda-feira, 20 de abril de 2009

Conferência da ONU contra o rascimo - 20/04/2009


Em Genebra, participantes da Conferência das Nações Unidas sobre o Racismo, deixaram a sala de conferências durante o agressivo pronunciamento do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad.
Fazendo uma alusão direta a Israel, Ahmadinejad criticou a criação de um governo “racista” no Oriente Medio depois da Segunda Guerra Mundial. O presidente iraniano também acusou o governo isralense de participação nos ataques ao Iraque e ao Afeganistão.
Durante o discurso, representantes da União Europeia e de países europeus, entre eles a França, deixaram a sala de conferências. Alguns participantes gritaram palavras contra Ahmadinejad, tratando o presidente iraniano de “racista”. O chanceler francês Bernard Kouchner afirmou que “não há consenso possível" depois do pronunciamento de Ahmadinejad.
Ficou confirmada assim a polêmica em torno desta 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Racismo que começou hoje em Genebra, na Suíça.
Na abertura do encontro, o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, se declarou “profundamente decepcionado” pela ausência de diversos países. Estados Unidos, Canadá, Israel, Alemanha, Holanda, Itália e Austrália decidiram boicotar o encontro temendo que se transforme em trampolim para críticas contra Israel.
Os países justificam sua decisão, alegando que a declaração final tem frases que podem sugerir que Israel exerce discriminações religiosas contra outros países do Oriente Médio. A presença do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, piora a situação por dois motivos: Ahmadinejad já declarou, no passado, que Israel deveria ser riscado do mapa e que o Holocausto é um mito.
Esta conferência em Genebra está sendo chamada também de "Durban 2", porque o primeiro encontro deste tipo foi realizado em Durban, na África do Sul, em 2001. Na ocasião, Israel e Estados Unidos se retiraram depois que países árabes tentaram vincular o sionismo ao racismo.
Apesar de não fazer alusão direta a Israel e ao Oriente Médio, o projeto de texto final da conferência reafirma o conteúdo da declaração adotada em Durban, considerada ofensiva ao Estado hebreu.

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