terça-feira, 4 de agosto de 2009

REPUBLICA DE BIAFRA E A GUERRA NIGERIANA




A República do Biafra foi um estado secessionista no sudeste da Nigéria. O Biafra era habitado maioritariamente pelo povo ibo e existiu de 30 Maio de 1967 a 15 de Janeiro de 1970. A secessão foi liderada pelos igbos dadas as tensões económicas, étnicas, culturais e religiosas entre os vários povos da Nigéria e a criação do novo país, batizado segundo a Bight of Biafra (a baía atlântica no sul), esteve entre as causas para a Guerra Civíl Nigeriana, também conhecida por Guerra Nigéria-Biafra.


História

Em 1960, a Nigéria tornou-se independente do Reino Unido. De forma semelhante aos outros novos estados africanos, as fronteiras do país não tinham sido desenhadas de acordo com territórios antigos. Daí surgiu que a região norte desértica do país contivesse estados muçulmanos feudais semi-autónomos, enquanto que a população do sul era predominantemente cristã e animista. O seu precioso petróleo, principal fonte de receitas, localizava-se no sul do país.
Após a independência, a Nigéria estava dividida por linhas étnicas, com os haussas e os fulanis no norte, os iorubas no sudoeste e os ibos no sudeste. Em resposta a motins ocorridos no ano anterior, de onde tinham resultado 30.000 ibos mortos e aproximadamente um milhão de ibos refugiados, em Janeiro de 1966, um grupo maioritariamente constituído por ibos, levou uma revolta militar com o objetivo de se separar da Nigéria.


Em Julho de 1966, oficiais do norte e unidades do exército preparam um golpe de estado. Oficiais muçulmanos nomeiam um cristão proveniente de um pequeno grupo étnico (os angas) no centro da Nigéria, o tenente-coronel Yakubu "Jack" Gowon, como cabeça do Governo Militar Federal (FMG). A violência contínua impediu o regresso do poder aos cidadãos; entre 8 a 10 milhares de ibos foram mortos no norte e nortenhos foram mortos nas cidades do leste.


Em Janeiro de 1967, os líderes militares e os polícias oficiais séniores de cada região encontraram-se em Aburi, no Gana e concordaram com uma confederação ampla de regiões. Os nórdicos não simpatizaram com o acordo de Aburi; Obafemi Awolowo, o líder da região oeste ameaçou que se a região leste se tornasse independente, a região oeste seguiria o exemplo. Tal ameaça persuadiu os líderes nórdicos.


O governo do leste rejeitou o plano para a reconciliação. A 26 de Maio votou para se tornar independente da Nigéria. A 30 de Maio, Chukwuemeka Odumegwu Ojukwu, o governador militar da região, declarou a República do Biafra, referindo os habitantes do leste mortos durante a violência pós-golpe de estado. A enorme quantidade de petróleo na região desencadeou o conflito, dado o petróleo ser um elemento importante na economia nigeriana.

domingo, 5 de julho de 2009

Golpe de Estado em Honduras de 2009



Honduras
é um país da América Central, limitado a norte pelo Golfo das Honduras, a norte e a leste pelo Mar das Caraíbas (por onde possui fronteira marítima com o território colombiano de San Andrés e Providencia), a sul pela Nicarágua, pelo Golfo de Fonseca e por El Salvador e a oeste pela Guatemala. Sua capital é Tegucigalpa.



Presidente Manuel Zelaya

O Golpe de Estado em Honduras de 2009 é um evento em desenvolvimento desencadeado quando o Exército, sob ordens da Corte Suprema de Justiça, depôs o presidente Manuel Zelaya na manhã de 28 de junho de 2009. Zelaya foi preso em sua residência em Tegucigalpa e detido em uma base aérea nas imediações da cidade. Logo em seguida, foi expulso do país, sendo enviado a San José, Costa Rica. A A prisão de Zelaya ocorreu cerca de uma hora antes de serem abertas as urnas para uma consulta popular não vinculativa sobre um referendo que pedia ao Congresso a convocação de uma Assembleia Constituinte para elaborar uma Constituição para o país . Mais tarde, a Corte Suprema de Justiça declarou ter ordenado a deposição do presidente. A ONU aprovou, por aclamação, uma resolução que condena o golpe de Estado e o próprio assessor jurídico do exército, o coronel Herberth Bayardo, confirma que foi quebrada a legalidade.

Depois da votação no Congresso de uma carta de renúncia falsificada e imediatamente desmentida por Zelaya , Roberto Micheletti, também membro do Partido Liberal de Zelaya, foi indicado pelo Congresso Nacional na tarde de 28 de junho para presidir a nação até às eleições de 29 de Novembro. Durante sua posse, Micheletti foi recebido com aplausos ao denunciar as "repetidas violações da Constituição" do governo de Zelaya e por violentos protestos nas ruas de quem considerou ilegal a deposição de Manuel Zelaya.

O Golpe acabou por fazer Honduras ser expulsa da Organização dos Estados Americanos em 05 de Julho de 2009 por 33 votos de 34 possíveis